A opção de viver em condomínios para muitos é uma opção de segurança. É fato que viver em condomínios traz esta sensação para seus moradores. No entanto, a cada dia encontramos mais e mais casos de assaltos, arrombamentos, furtos e até mesmo sequestro em condomínios.

Por maiores e mais avançados que sejam os sistemas de segurança existentes nos condomínios, tais como circuitos de câmeras, alarmes, cercas elétricas, portões e portas reforçados, portões eletrônicos, sistemas de controle de acesso por digitais ou outros, as brechas deixadas pelos próprios moradores e funcionários facilitam as ações de criminosos, colocando em aberto todo um sistema preventivo.

Não adianta o condomínio focar somente na instalação de sistemas de segurança. Deve ser priorizado e trabalhado também as atitudes daqueles que ali convivem.

Podemos citar aqui diversos itens e regras de segurança. Porém, muitos deles devem ser avaliados e elaborados de acordo com as necessidades e especificidades de cada condomínio. Pensando nisso, apresentamos a seguir algumas dicas gerais para serem trabalhadas e adequadas por síndicos e moradores com o objetivo de ampliar a segurança e a integridade do patrimônio que é de todos.

Estabelecer regras de controle de acesso ao condomínio: a portaria é o principal ponto para barrar a entrada de criminosos. Portanto, regras para acesso ao condomínio devem ser criadas. Segue alguns exemplos: não permitir que entregadores subam nos andares, aguardando sempre o morador na portaria; quando da realização de serviços no condomínio ou em alguma das unidades, requerer a identificação e somente permitir a entrada dos prestadores quando acompanhados do responsável pelos serviços dentro do condomínio; permitir que corretores somente entrem com identificação e um ofício da imobiliária e/ou, ainda, após autorização do síndico, etc.

Dentro do condomínio: é importante que moradores e principalmente os funcionários observem a circulação de pessoas estranhas. Para que isso funcione, alguns pontos, dentre vários, devem ser considerados:

  1. Treinar os funcionários para que conheçam os moradores e estabelecer regras e procedimentos a serem adotados caso notem a circulação de pessoas desconhecidas;
  2. É importante que os moradores conheçam seus vizinhos, de forma que possam ser acordadas medidas de auxilio em caso de uma ocorrência, sejam por sinais luminosos, toques na campainha, códigos, etc. Por isso, é necessário criar ambientes de interação entre os moradores, fortalecendo dessa forma não somente o quesito segurança, mas também possibilitando novas amizades;
  3. Somente abrir a porta das unidades após a identificação de quem está chamando através do “Olho Mágico”. Observar que a porta não deve ser aberta mesmo que o possível desconhecido esteja acompanhado de algum funcionário sem o prévio conhecimento.

Ao entrar e sair do condomínio: neste ponto podem ser criadas diversas regras. Apresentamos algumas: não acionar portões automáticos em longas distâncias; observar o entorno do prédio antes de entrar com veículos ou a pé. Em caso de alguma atividade suspeita, chamar alguém para ajudar; caso esteja esperando taxi ou outro meio de locomoção, que o faça na parte interna do condomínio; ao realizar a limpeza da entrada ou a disposição do lixo do lado de fora do condomínio, seja por funcionários ou moradores, sempre fechar a porta enquanto permanecer do lado externo.

Aos moradores: além dos itens já citados, podemos citar regras gerais: não deixar à mostra nas áreas comuns objetos e pertences pessoais de grande valor, que chamem a atenção de criminosos; na saída do condomínio, observar se a porta e principalmente portões eletrônicos estão totalmente fechados; não conversar com outras pessoas sobre os hábitos de moradores e funcionários; em caso de confraternizações, elaborar uma lista convidados e deixar na portaria; evitar ficar na porta do condomínio desnecessariamente por muito tempo; exigir credenciais e referências de empregados pessoais.

Aos funcionários: criar regras de posturas no trabalho em geral a respeito de tudo o que pode afetar o dia a dia do condomínio. Além disso, os funcionários devem ser cordiais com os moradores, porém devem colocar as normas de segurança acima das necessidades específicas de cada morador. Podemos citar: não falar sobre os hábitos pessoais dos moradores; conversar com estranhos somente com portões fechados; observar a circulação interna e externa ao condomínio, e em caso de dúvidas, definir quem contatar; somente receber prestadores de serviços em caso de comunicação expressa do síndico; não permitir entrada de prestadores de serviços demandadas por moradores; disponibilizar telefones úteis aos funcionários; criar treinamentos de reciclagem para os funcionários com períodos adequados para a aplicação.

Aprove em assembleia as regras e normas de segurança a serem adotadas no condomínio: tratar item a item, observando sugestões e melhorais na redação. Deve ser considerado penalidades desde advertências até multas, desde que comprovadamente possa ser identificado o infrator.

Divulgação dos normas e regras aprovadas: definir as formas de divulgação aos moradores, seja através de circulares físicas e/ou virtuais, quadro de avisos, cartas, e-mails, etc.

O melhor resultado para a segurança nos condomínios é o equilíbrio entre a adoção dos sistemas eletrônicos de segurança e as normas e procedimentos a serem adotados pelos condôminos e funcionários. Dessa forma, deve ser discutido o tema da segurança recorrentemente nas assembleias, propondo inclusões e adequações e possibilitando assim que as regras e normas estejam no dia a dia dos moradores.

 

Foto extraída de: http://blog.townsq.com.br/dicas-de-seguranca-em-condominios/

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